Há medidas simples que podem ser oferecidas, como orientar os funcionários a tomar a vacina contra a gripe A e a consultar o médico da companhia em caso de sintomas de doenças respiratórias.
Há casos em que a empresa deve intervir diretamente –como em ambientes fechados, nos quais a possibilidade de troca e renovação do ar é menor. O acúmulo de poluentes pode desencadear sintomas alérgicos respiratórios, dependendo da sensibilidade do profissional, explica Fátima Emerson da Abra (Associação Brasileira de Asmáticos).
A resolução nº 176 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabelece padrões de qualidade do ar que devem ser seguidos em locais de uso público e coletivo climatizados artificialmente.
A Chemtech, empresa de prestação de serviços em engenharia e tecnologia da informação, por exemplo, faz a limpeza do duto do ar-condicionado e o tratamento da água usada neste processo semestralmente.
“Nunca identificamos nenhum caso de doença respiratória aqui”, diz Leonardo Mendes, coordenador do Departamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da empresa.
No caso de indústrias que utilizem produtos químicos que podem causar irriração, a área de produção precisa ser projetada com ampla ventilação, sinaliza Eduado Algranti, médico da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho).
O layout do parque gráfico foi um dos investimentos da gráfica Mattavelli. A empresa, que utiliza tintas atóxicas, feitas com óleo de soja, projetou um espaço para facilitar a ventilação do ambiente.
Sem solução
Já o gerente de vendas José Roberto Cambraia, 66, que tem asma desde a infância, não pôde evitar o agravamento da doença. Ele trabalhava caminhando com uma maleta pesada nas ruas de São Paulo para apresentar os produtos da empresa de válvulas industriais.
Com frequência, sentia-se ofegante -a asma pode ter relação com esforço físico. “A doença piorou aos 55, não pude mais trabalhar”, diz Cambraia.
(Fonte: Folha Online)