A Amazônia poderá se tornar uma savana e o Sahel, um deserto? (O Sahel ou Sahil, que significa costa ou fronteira em árabe, é a região da África situada entre o deserto do Saara e as terras mais férteis a sul). Um relatório sobre a biodiversidade divulgado nesta segunda-feira (10), no Canadá, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE) evoca vários cenários para 2100.
Amazônia – a conjugação do desmatamento, das mudanças climáticas e das queimadas pode acarretar o enfraquecimento da floresta amazônica. O pulmão do planeta, quente e úmido tal como o conhecemos, vai se tornar seco e árido, uma savana. A situação levará a um aumento mundial das emissões de CO2 que contribuem para a mudança climática. No local, secas intensas vão comprometer, também, a agricultura.
Sahel – Já atingido pelas secas, o Sahel vai se tornar ainda mais árido. O aquecimento climático e a exploração sem limites de seus recursos causam, já, um empobrecimento da diversidade biológica. O rebanho não encontra pastos e os cultivos sofrem com a falta de irrigação.
Ilhas – o ecossistema de uma ilha é ao mesmo tempo único e frágil. Os movimentos das populações levam predadores e doenças aos locais antes protegidos. Os animais e vegetais específicos de um habitat insular tornam-se incapazes de se defender ante aos novos intrusos. Por exemplo, o társio, um mamífero de Madagascar, está se tornando mais e mais raro.
Água doce – Sob o efeito da mudança climática, da construção de barragens, da poluição, da introdução de espécies exóticas e devido ao aumento do uso da água, o número de espécies de peixes de água doce poderão diminuir 15%.
Mar- O aquecimento climático traz uma redistribuição das populações de peixe e uma elevação do nível do mar. A acidificação da água atinge corais, o fitoplâncton e os moluscos cuja capacidade de construir as próprias conchas se exaurem. A rarefação da população de peixes nas zonas tropicais trará consequências significativas para a alimentação e a nutrição local. (Fonte: JB Online)