Ibama aponta 530 pinguins mortos no litoral de SP; animais passam por necropsia

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou nesta segunda-feira (19) que o número de pinguins encontrados mortos no litoral de São Paulo entre sexta (16) e domingo (18) já ultrapassa os 530. Outros animais e aves também foram encontrados mortos, entre eles uma tartaruga cabeçuda com mais de 150 kg.

Ainda de acordo com o Ibama, os dados contabilizados até esta segunda-feira são das cidades de Peruíbe, Praia Grande e Itanhaém, mas há informações de ocorrências em outras localidades. Por conta disso, o instituto diz acreditar que o número total de animais mortos pode crescer. Além dos pinguins também foram encontrados mortos 28 tartarugas e cinco golfinho.

Esses animais estão passando por necropsia para determinar a causa das mortes. No caso dos animais encontrados em Praia Grande, os 178 pinguins estão sendo encaminhados para a USP (Universidade de São Paulo) e para o Cetas/Unimonte (Centro de Triagem de Animais Selvagens). A prefeitura afirmou que uma análise preliminar aponta a má alimentação como possível causa das mortes.

“Eles estavam com muita fome, pois não havia vestígios de alimento nos estômagos necropsiados”, disse a coordenadora do Cram (Centro de Reabilitação de Animais Marinhos), Andréa Maranho. Além da pouca comida, o lixo colaborou para o alto índice de mortandades. Muitas tartarugas estavam infeccionadas por terem ingerido resíduos tóxicos.

Outra suspeita do centro é de que o fenômeno La Niña (resfriamento da superfície das águas do Oceano Pacífico equatorial) tenha influenciado no esgotamento físico dos animais. A Prefeitura de Praia Grande afirmou que duas tartarugas verdes e uma gaivota foram resgatadas com vida e encaminhadas para o Aquário de Santos e para o Cetas, respectivamente.

A prefeitura afirma que para comunicar o grupamento sobre animais marinhos ou aves encontradas na orla da praia, basta ligar para o telefone 199. A orientação é de que a pessoa não toque no animal, nem tente devolvê-lo ao mar. (Fonte: Folha.com)