Cientistas afirmam ter descoberto duas colônias de Triops cancriformis, espécie que seria a mais velha viva no planeta, em Caerlaverock, no Reino Unido. Os especialistas acreditam que possam existir mais populações “escondidas” do crustáceo considerado em risco de extinção.
A descoberta revelou algumas peculiaridades sobre o estilo de vida do estranho e primitivo ser que pode, segundo os pesquisadores, recriar toda a população a partir de um único animal. As informações são do site do Telegraph.
Fósseis indicam que o Triops continua igual ao que era há 200 milhões de anos. O animal se adaptou para viver em piscinas naturais temporárias. Quando estas secam, os adultos morrem, mas deixam ovos que podem sobreviver por anos até a água reaparecer.
Cientistas da Universidade de Glasgow, que descobriram as colônias, afirmam que encontraram ovos do crustáceo em lama de piscinas na região de Caerlaverock. A lama foi secada, novamente molhada e colocada em pequenos aquários. Em poucas semanas, os pesquisadores se espantaram ao encontrar um pequeno animal nadando em um dos tanques.
Em 2004, o cientista Larry Griffin descobriu uma colônia isolada a centenas de quilômetros em uma piscina natural em Caerlaverock. “Na época, parecia que a colônia de Caerlaverock era vulnerável, isolada do passado e presente da população (do animal). (…) Mas agora nós sabemos como essa curiosa criatura sobrevive, nós percebemos que há uma boa chance de haver uma população maior”, diz Griffin sobre a descoberta.
“Triops crescem rapidamente e produzem centenas de ovos em apenas poucas semanas. A água em que eles vivem pode secar, mas os ovos podem sobreviver na lama por muitos anos. (…) Eles têm as partes reprodutivas masculinas e femininas, portanto, apenas um ovo é necessário para regenerar toda a população”, diz o cientista. (Fonte: JB Online)