A mais recente tentativa de processar o maior acelerador de partículas do mundo pelo potencial perigo que representaria ao mundo fracassou.
Uma corte de recursos do Havaí absolveu o Departamento de Energia dos EUA, a Fundação Nacional de Ciência e outros órgãos de financiamento de pesquisa da responsabilidade de quaisquer consequências que possam resultar do Grande Colisor de Partículas (LHC, na sigla em inglês), instalado na Suíça.
“A dano alegado, a destruição da Terra, não pode ser de forma alguma imputado a uma falha do governo dos EUA em elaborar uma declaração de impacto ambiental”, diz a decisão da corte.
David Harris, da revista “Symmetry”, descreveu a decisão de três páginas como “curta e encantadora”. “De acordo com a decisão, o pleiteante não conseguiu apresentar uma ‘ameaça concreta de dano’, e o governo dos EUA não controla a operação do LHC e, portanto, não é a instituição que deveria ser acusada em juízo.”
Segurança – O recurso foi pedido por Walter Wagner, do Havaí, e Luis Sancho, da Espanha. Em 2008, quando o LHC estava em fase final de construção, a dupla entrou com um processo na corte distrital do Havaí contra o Cern, instituição europeia que opera o LHC, e o governo americano.
Wagner e Sancho queriam que fosse provada a segurança do LHC antes que fosse permitida sua entrada em operação. De acordo com o jornal “Telegraph”, o processo foi arquivado após a emissão de uma sentença de 24 páginas.
A mais recente decisão é bem-vinda pelos cientistas do LHC. Apesar da dor de cabeça burocrática resultante dos processos, há quem considere o episódio benéfico por divulgar o Cern, o LHC e conceitos de física de partículas entre a população em geral. (Fonte: Folha.com)