O presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, criticou como “fora de lugar” a concessão do Prêmio Nobel de Medicina 2010 ao pioneiro da fecundação in vitro, o britânico Robert Edwards.
“Considero que selecionar Robert Edwards foi algo completamente fora de lugar”, declarou o religioso espanhol à imprensa italiana.
“Sem Edwards não existiriam congeladores em todo o mundo cheios de embriões que, no melhor dos casos, vão ser trasladados para úteros, mas que provavelmente serão abandonados ou morrerão. Desse problema é responsável o recém-premiado com o Nobel”, acusou Carrasco de Paula.
O religioso, designado em junho passado para dirigir a instituição do Vaticano encarregada dos problemas de biomedicina e da defesa da vida, considera que Edwards é também responsável pelo mercado mundial de gametas femininos (óvulos).
“Sem Edwards também não existiria o mercado dos óvulos, nem a venda de milhões de óvulos”, acrescentou.
O Vaticano considera “moralmente ilícita” a fecundação em proveta e a eliminação voluntária de embriões que ela comporta. (Fonte: G1)