A Vigilância Epidemiológica registrou, desde o início do ano, 2.725 notificações de catapora em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), número 257% maior que em todo o ano de 2009, quando foram registrados 763 casos. Apesar da situação, não há vacinas nos postos e nas clínicas particulares.
A coordenadora do programa de imunização da Secretaria da Saúde de Ribeirão, Elisabete Paganini, disse que o surto é sazonal e previsto, em média, para ocorrer a cada cinco anos. A catapora –também chamada de varicela– é transmitida principalmente pelo ar e atinge quem nunca teve a doença.
A dona de casa Fabiana Domingos da Silva, 24, do Jardim Piratininga, teve duas filhas –Evelin, 3, e Jenifer, 7– infectadas e uma, de apenas um mês de vida, sob suspeita, já apresentando manchas no braço. “A mais nova teve há três semanas e passou para a mais velha”, disse.
Foram imunizadas até agora, segundo Paganini, 4.500 crianças na rede pública e o estoque está quase zerado. Ela não tem previsão de chegada de novos lotes.
A Secretaria de Estado da Saúde disse que o fabricante não tem conseguido atender a demanda e que falta vacina até para importação.
As clínicas Clinivax, Vaciclínica e Dra. Leila Romero também não têm no estoque a vacina, que custa em média R$ 150. Como alternativa, têm oferecido a tetraviral, que previne ainda contra sarampo, caxumba e rubéola.
(Fonte: Folha Online)