Em um zoológico de Brasília, uma fêmea de lobo-guará conseguiu sobreviver a um atropelamento e voltar para a natureza graças a um tratamento com células-tronco, novidade que pode ajudar na preservação de animais selvagens.
A fêmea de lobo guará chegou ao zoológico de Brasília em estado de pré-coma após ser atropelada por um caminhão. Para tratar os ferimentos e a pata quebrada, a equipe de veterinários optou por um tratamento inédito, usando células-tronco.
“Fazendo uso de células-tronco, a gente tem a cicatrização óssea mais rápida. Esse animal tem menos tendência a refraturar”, diz o veterinário Rafael Bonorino.
No mesmo dia da operação, a loba conseguiu ficar em pé. Uma semana depois, não precisava mais tomar remédios e não sentia dor. Nessa fase, a loba deu um susto nos veterinários. No dia 22 de setembro, o tratador chegou de manhã e descobriu que o animal, com 8 dias de operação, conseguiu ter força para fugir do local.
Ela foi encontrada a dois quilômetros do zoológico e levada de volta para continuar o tratamento. Um mês depois da cirurgia, o raio-x já mostrava a recuperação no osso da loba. “É o primeiro registro no Planeja Terra de um caso com animal silvestre, neste caso com lobo-guará”, diz o diretor do zoológico de Brasília, Raul Gonzalez.
Ao todo, foram quatro meses de tratamento. Sem as células-tronco, seria o dobro do tempo. Após se recuperar, a loba foi solta no Cerrado, sua moradia original, e voltou para casa. (Fonte: Globo Natureza)