Um acordo entre Ibama, Incra e produtores rurais tentará acabar com a extração ilegal de madeira no Assentamento Esperança, em Anapu, no Pará. O documento foi assinado durante audiência pública realizada no município.
O clima foi tenso durante nove horas de audiência. Foram feitas denúncias de ameaças, crimes ambientais e principalmente reivindicações à Ouvidoria Agrária Nacional, como a reforma ocupacional dos assentamentos, a construção de duas guaritas nas vicinais que dão acesso aos lotes e o fim da extração ilegal de madeira dentro dos projetos sustentáveis.
Durante a audiência pública, foi assinado um termo de compromisso entre autoridades e movimentos sociais com objetivo de regularizar assentamentos e coibir a exploração de madeira.
“A gente vai ter de trabalhar provavelmente em conjunto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, onde a gente possa ter acesso à base de dados de autorizações de transporte e aos planos de manejo”, explicou Sérgio Suzuki, superintendente do Ibama no Pará.
A ouvidoria agrária vai elaborar um relatório com as reivindicações e as denúncias feitas pelos trabalhadores rurais e cobrar ações das instituições como o Incra e o Ibama no município de Anapu.
“Vamos estabelecer um cronograma para que esses órgãos possam executar aquilo que é de sua atribuição e, dessa forma, resolver os problemas, ou seja, diminuir o conflito agrário no local e diminuir a violência também na zona rural”, esclareceu Gercino Silva, ouvidor agrário nacional.
Sobre a construção de duas guaritas nas estradas que dão acesso aos lotes, a previsão é de que os trabalhos comecem em até 30 dias. (Fonte: Globo Natureza)