Cientistas da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos, detectaram uma partícula rara chamada méson B ao analisar os dados do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), experimento do Centro Europeu para Pesquisas Nucleares (Cern). O estudo a respeito da partícula foi divulgado na revista científica “Physics Letters B” nesta segunda-feira (28).
Os físicos acreditam que a partícula tenha existido nos primeiros momentos do Universo, logo após o Big Bang. Atualmente, o méson B só consegue ser recriado a partir de colisões de prótons, lançados a altíssimas velocidades em aceleradores de partículas como o LHC.
Com o estudo, os pesquisadores, liderados pelo físico Sheldon Stone, esperam compreender melhor as características da antimatéria – uma espécie de “inverso” da matéria que conhecemos. Um exemplo é o pósitron – tal como um elétron, mas com carga positiva -, sem o qual a tecnologia de exames de tomografia conhecidos como pet scan não seriam possíveis.
Prótons e nêutrons são feitos de unidades chamadas quarks, que também possuem sua versão no mundo da antimatéria: os antiquarks. O méson B nasce a partir da união de um tipo de quark com um tipo de antiquark.
Um dos mistérios que os especialistas buscam resolver é como a antimatéria – teoricamente abundante no início do Universo – deixou de existir com o passar do tempo.
A pesquisa da equipe de Sheldon Stone foi financiada pela Fundação Americana de Ciência (NSF, na sigla em inglês). Ao todo, o grupo recebeu mais de US$ 3,5 milhões para estudar os dados fornecidos pelo acelerador do Cern. (Fonte: G1)