Um pequeno asteroide de 300 metros de diâmetro acompanha a Terra em seu movimento de evolução em torno do Sol, precedendo-a em sua órbita. Esta descoberta do primeiro asteroide “troiano” da Terra foi publicada na quinta-feira (28) na revista científica britânica Nature.
Trata-se do asteroide 2010 TK7, que fica a cerca de 80 milhões de quilômetros da Terra, descoberto em órbita terrestre graças ao telescópio WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer) da Nasa.
Após Júpiter, Marte e Netuno, a Terra torna-se, também, o quarto planeta do sistema solar tendo como companhia pelo menos um asteroide “troiano”.
O termo serve para designar os asteroides posicionados na órbita de um planeta, num ponto de equilíbrio estável, chamado pontos de Lagrange, no caso o ponto 4 (L4) da órbita terrestre, 60 graus à frente do nosso planeta. Segue o planeta em seu movimento em torno do Sol, precedendo-o, segundo um ângulo bem definido.
O 2010 TK7, no entanto, não está exatamente no L4. As observações indicam que na verdade ele oscila a sua volta, fazendo com que também varie sua órbita para o ponto Lagrange 3 em períodos de cerca de 400 anos.
“Como precede o movimento da Terra ou o segue, não entra nunca em colisão com ela”, destaca a Nasa em comunicado.
Nos próximos 100 anos, não deverá se aproximar a menos de 24 milhões de quilômetros da Terra, precisa a agência espacial americana.
Possui órbita “estável por pelo menos dez mil anos”, segundo Martin Connors (Universidade de Athabasca, Canadá) e outros astrônomos que confirmaram a descoberta, graças ao telescópio terrestre Canadá-França-Hawai.
Os cientistas achavam há tempos que a Terra deveria ter asteroides troianos, mas só agora constataram sua presença, difícil de ser observada, pois ficam, em geral, mergulhados na luz solar.
A detecção do asteroide 2010 TK7 foi facilitada porque estava numa “órbita incomum que o afastou bastante do Sol”, explicou Connors.
Os “troianos” foram identificados pela primeira vez ao redor de Júpiter e ficam próximos de um dos cinco pontos do espaço nos quais a força da gravidade de um planeta e a do Sol estão em equilíbrio, permitindo que tenham órbitas relativamente estáveis. (Fonte: Yahoo!)