Equipes do Corpo de Bombeiros trabalhavam na tarde desta segunda-feira (12) para combater um incêndio na reserva ambiental Águas Emendadas, em Planaltina, localizada a 38 quilômetros de Brasília. De acordo com a corporação, as chamas já consumiram mais de cinco mil metros.
Os bombeiros informaram que pediram o apoio da aeronave para combater as chamas. Segundo o índice de inflamabilidade de Nesterov, medido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o risco de incêndios na reserva é classificado como “perigoso”. Os índices variam de “nenhum” a “perigoso”.
Na manhã desta segunda, o incêndio que atinge a Floresta Nacional de Brasília (Flona) desde a última quinta se intensificou. De acordo com a chefe da Flona, Miriam Ferreira, as chamas destruíram a vegetação de área 1 e da área 4 da floresta. Ela disse também que recebeu denúncias de dois ciclistas de que um novo foco de incêndio na área 1 teria sido criminoso, causado propositalmente por um homem.
Um fiscal da floresta que não quis ser identificado disse acreditar que os incêndios são uma retaliação ao trabalho de fiscalização nas chácaras vizinhas. “Nós estamos fazendo fiscalização na 26 de Setembro, uma área considerada de proteção ambiental. Encontramos vários focos de incêndio exatamente em frente à 26 de Setembro. Com certeza é retaliação.”
Criada há 12 anos, a Floresta Nacional de Brasília tem 9.351 hectares e é dividida em quatro partes. A principal área é a de número 1, com 3,3 mil hectares e maior quantidade de remanescentes de fauna e flora do cerrado.
Investigação – O presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, informou que vai pedir, no fim da tarde desta segunda-feira (12), ajuda à Polícia Federal na investigação da queimada que destrói a Floresta Nacional.
Ele esclareceu que, normalmente, o ICMBio faz a perícia dos incêndios e, depois de controlado o fogo, pede à Polícia Federal que investigue as causas. Mas desta vez, como a reignição tem sido constante e eles encontraram indícios muito fortes de que os incêndios são criminosos, vão pedir apoio antes. (Fonte: G1)