A Comissão Nacional de Combate à Desertificação reuniu-se nesta quinta-feira (29), no auditório do Ibama, em Brasília, para discutir os desafios e prioridades para combater o processo de degradação do solo no semiárido brasileiro. No encontro, foram apresentadas ações internacionais e atividades de fomento que estão em curso para conter o fenômeno.
De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Vizentin, não será possível progredir e combater devidamente a desertificação sem o fortalecimento de uma estratégia de ações conjuntas, que deve ser adotada por todas as entidades que atuam na região.
Para o diretor de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, deve haver um “esforço concentrado” da Comissão para a implementação do Plano Nacional de Combate. “Estamos dando prosseguimento a uma estratégia de gestão participativa nos níveis federal e estadual, que deve ser replicada nas ações do Plano Nacional,que ainda não foi implantado”, esclarece. A comissão é presidida pelo MMA e foi criada para ajudar no processo de articulação e na definição de diretrizes para a implementação do Plano Nacional de Combate à Desertificação.
O representante da ONG Articulação do Semiárido(ASA), Paulo Pedro Andreas, afirmou que a pobreza do semiárido brasileiro está ligada também ao processo de desertificação, e que a região já está sendo afetada pelo aumento da temperatura e pela diminuição das precipitações.
Participaram da reunião representantes da sociedade civil e dos governos de estados brasileiros do Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais, dos ministérios do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, de Ciência e Tecnologia, Confederação Nacional da Indústria, e de ONGs que atuam no Nordeste. (Fonte: Carine Corrêa/ MMA)