Comércio excessivo de atum-rabilho pode diminuir população da espécie

Levantamento realizado pela organização ambiental Pew Environment Group, dos Estados Unidos, aponta que a comercialização do atum-rabilho (Thunnus thynnus) em 2010 foi 140% superior à cota permitida pela Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT na sigla em inglês), fato que pode ser uma ameaça à preservação da espécie.

De acordo com a análise, em 2010 o mercado poderia comercializar apenas 13.525 toneladas deste peixe, muito utilizado na Europa e na Ásia (principalmente na produção de sushi), mas foram vendidas 32.564 toneladas. Estes índices não levam em consideração os exemplares capturados e ofertados pelo mercado negro.

Entre 1998 e 2010, foram comercializadas 490 mil toneladas de atum-rabilho (negociações estimadas em US$ 13,5 bilhões). Entretanto, no período a cota permitida era de 98 mil toneladas.

Para a organização ambiental, se os limites de comercialização do atum-rabilho, também conhecido como atum-de-barbatana-azul-do-Atlântico, não forem respeitados, a chance de aumentar a população da espécie até 2022 cai em 24%, segundo uma avaliação feita por cientistas a pedido da ICCAT.

Chefs de sushi tentam erguer um enorme atum-rabilho antes de cortá-lo em pedaços no centro de Seul, na Coreia do Sul. Com 350 kg e 2,7 metros de comprimento, este foi o maior atum-rabilho já pescado no país, e seu preço é avaliado em cerca de US$ 23 mil.

Risco de desaparecer – Este peixe corre risco de extinção de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN da sigla em inglês). O atum-rabilho chega a ter quatro metros de comprimento e pesar 250 quilos. Devido à ocorrência de sobrepesca (retirada acima do que é permitido por órgãos ambientais) em algumas regiões, a espécie pode ser uma das primeiras a desaparecer.

O estudo da Pew Environment Group aponta que se os países membros da comissão internacional não desenvolverem um sistema de documentação eletrônica para controlar a venda da espécie, o combate à pesca ilegal ficará mais difícil. Além disso, a ONG cobra medidas punitivas para práticas ilegais. (Fonte: G1)