Eles eram baixos, tinham o rosto achatado e dentes molares grandes, se alimentavam com carnes de veado, mas o crânio estava mais para um parecido com o dos homens modernos.
“Eles”, no caso, são os homens pré-históricos que viveram 11.500 a 14.300 anos atrás (quando a agricultura ainda estava nos seus primórdios), cujos fósseis estavam em uma região a sudeste da China, em Maludong (caverna do veado vermelho). Mais especificamente em duas cavernas.
Uma das possibilidades, dizem os autores dos fósseis, é que o grupo era de humanos modernos que deixaram a África e chegaram à China, mas não legaram nenhuma contribuição genética nas pessoas que atualmente vivem no Leste Asiático.
Outra hipótese da equipe australiana que encontrou os fósseis, da Universidade australiana New South Wales, é que essa combinação incomum de características arcaicas e modernas pode ser de um representante de uma nova linhagem da espécie humana.
O achado é formado por partes de crânios e outros fragmentos de ossos que pertenceram a pelo menos quatro indivíduos.
Além deles, havia restos de vários mamíferos, muitos de espécies que ainda existem hoje, exceto ao grande veado vermelho, extinto. Seus ossos, porém, que estavam no local em abundância – mostrando a predileção dos homens pré-históricos pela carne.
Os ossos humanos são particularmente interessantes do ponto científico porque os poucos encontrados na Ásia foram mal datados ou descritos, o que dificultou formar a história dos que viveram na região asiática.
A pesquisa, publicada na edição de quarta-feira (14) da revista “Plos One”, teve a participação da Universidade Yunnan e de mais seis instituições chinesas e cinco australianas. (Fonte: Folha.com)