O Uruguai procura incentivar “a economia verde” para o desenvolvimento sustentável, e simultaneamente diminuir os níveis de pobreza nas vésperas da próxima cúpula Rio+20, afirmou a vice-ministra de Habitação, Ordenamento Territorial e Meio Ambiente, Raquel Lejtreger. O governo uruguaio procura criar uma “agenda nacional para o desenvolvimento sustentável que inclua a geração de empregos com respeito pelo meio ambiente”, disse.
Para a definição dessa agenda, as autoridades buscam a contribuição de organizações defensoras do meio ambiente, câmaras empresariais e industriais e sindicatos, entre outras instituições. A ideia é que “toda a sociedade uruguaia tenha opinião e compromisso” na definição da postura do país nas vésperas da cúpula Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro entre 20 e 22 de junho.
Ao dissertar no fórum “O caminho rumo a Rio+20”, organizado pela Rede Pacto Global Uruguai, Lejtreger afirmou que o Governo uruguaio não pretende ter “uma só voz” na cúpula das Nações Unidas, mas “várias vozes e opiniões” que reflitam o vínculo entre o meio ambiente e desenvolvimento.
A vice-ministra estima que em maio termine o processo de consulta para definir o documento do país. Ela admite que ainda “há muito a fazer” em matéria de sustentabilidade e responsabilidade empresarial e disse que na cúpula da Rio+20 serão “reafirmados os compromissos” do Uruguai para a busca do desenvolvimento com equilíbrio e cuidado com o meio ambiente.
A Organização das Nações Unidas fez um pedido para que no encontro no Brasil seja possível fixar “as bases para um mundo de prosperidade, paz e sustentabilidade”. O roteiro da cúpula Rio+20 inclui como temas principais o fortalecimento dos compromissos políticos a favor do desenvolvimento sustentável, um balanço dos avanços e das dificuldades para sua implementação e o impulso à economia ecológica como ferramenta para a erradicação da pobreza.
O Uruguai é o país com menor porcentagem de pobres e indigentes da América Latina, segundo um relatório da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgado no final de 2011. O organismo dependente das Nações Unidas estimou que os pobres uruguaios são 8,6% da população e os indigentes, 1,4%. Em 2009, os indicadores de pobreza e indigência no Uruguai eram de 10,7% e 2%, respectivamente. (Fonte: Portal Terra)