Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), adentraram nesta sexta-feira (30), reservas indígenas, localizadas no noroeste do Maranhão. No local, comprovaram o crime ambiental, com mais um agravante: a conivência do próprios índios.
“Estamos numa área federal, em uma área indígena. E o que acontece aqui, com certeza é com o conhecimento do chefe da tribo. Eles ganham dinheiro para fornecer essa madeira”, disse Tenente Vera Cruz, do Batalhão Florestal do Maranhão.
A selva amazônica maranhense se tornou domínio de madeireiros. As árvores, em toras, ficam espalhadas em clareiras abertas nas florestas, até o fim do período chuvoso, quando são recolhidas. As trilhas ficam ainda mais encharcadas com o tráfego de caminhões. Um mateiro – espécie de guarda-florestal – também confirmou a extração indevida na reserva dos Kaapó, uma das muitas tribos que vivem daquele lado da Amazônia.
Cerca de 40 fiscais de cinco estados tentam combater o corte ilegal de madeira nas aldeias maranhenses, tarefa muitas vezes interrompida. “Além de danificar a estrada, às vezes, a gente acaba encontrando toras de madeira jogadas, na tentativa de impedir que se avance daquele timite”, explicou Ciclene Brito, chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama.
A madeira estraída de modo criminoso enche os pátios das serrarias em operação no entorno da reserva. A carga apreendida até o momento, daria pra encher 45 caminhões. (Fonte: G1)