O Amazonas registrou a segunda morte por suspeita de gripe H1N1 em 2012. Uma mulher morreu, na noite desta terça-feira (17), com suspeita da doença, no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, na Zona Leste de Manaus. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), o atestado de óbito aponta também síndrome respiratória aguda grave e pneumonia como possíveis causas da morte.
O diretor-presidente da Fundação Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, afirmou que ainda não é possível afirmar que o motivo da morte da mulher foi gripe H1N1 e é necessário haver uma confirmação em laboratório quando há óbito. “A morte não quer dizer que foi por conta da [gripe] H1N1. Não tem como afirmar, clinicamente, que foi a gripe H1N1. Nós temos outros vírus que também podem determinar quadros graves e que também podem matar”, enfatizou.
A Susam também não confirma que a causa tenha sido a gripe H1N1. Um exame para detecção do vírus Influenza A H1N1, que utiliza a tecnologia PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), deve ser feito, segundo a FVS, para confirmar as causas da morte da mulher. “Em casos como esse, é necessário ter a confirmação laboratorial como este exame de tecnologia de ponta e de alta confiabilidade que é feito pela coleta de secreção do paciente”, destacou o diretor.
Ainda segundo Bernardino, esse documento de confirmação que aponta a causa da morte é comum quando há envolvimento com a gripe H1N1, mas o procedimento é diferente para tratamento de pacientes com a doença. “O Ministério da Saúde recomenda que se houver suspeita da doença já deve ser iniciado o tratamento. Somente os óbitos que precisam confirmar. Esse comprometimento pulmonar pode ser causado por diferentes doenças e não só pela gripe H1N1”, acrescentou.
A previsão para conclusão do laudo que confirma a causa da morte da mulher deve ser emitido em 48 horas.
Uma morte confirmada por H1N1 no Amazonas – O Amazonas registrou a primeira morte, e única confirmada este ano, por gripe H1N1 no dia oito de março. A vítima era moradora do município de Borba, a 151 km de Manaus, e veio a óbito na Unidade de Tratamento Intensito (UTI) do Hospital Adriano Jorge, na Zona Sul de Manaus.
Em 2009, foram 24 mortes registradas e outras 12 em 2010. No ano passado, não houveram mortes. Segundo a FVS, 532 mil pessoas receberam a vacina contra o vírus H1N1 no Amazonas. (Fonte: G1)