O voo de teste do X-51A Waverider, um avião não-tripulado hipersônico americano, fracassou devido a uma pane que impediu o acionamento da turbina, quando sobrevoava a costa da Califórnia, anunciou a Força Aérea dos Estados Unidos nesta quarta-feira (15).
Preso à asa de um bombardeiro B-52, o avião foi lançado às 11h36 local (15h36 de Brasília) acima da estação aeronáutica de Point Mugu, na costa californiana.
Alimentado por um propulsor normalmente usado em mísseis, o Waverider voou por apenas 16 segundos devido ao mau funcionamento de uma aleta, anunciou a Força Aérea dos EUA.
O propulsor iria levar o X-51 a Mach 4,5 (mais de 5.000 km/h) por 30 segundos, antes da turbina assumir o controle e colocá-lo a uma altitude de 21.000 metros e uma velocidade de Mach 6.
Mas o voo de teste foi encerrado antes que a turbina scramjet fosse acionada, indicou a Força Aérea.
“Todos os nossos dados indicam que as condições eram propícias para a ignição da turbina, estávamos otimistas sobre as chances de sucesso do teste”, disse Charlie Brink, diretor de programa do projeto.
O teste previa um voo de 5 minutos a Mach 6, ou seja, seis vezes a velocidade do som, mais do que 7.300 km/h.
Depois de uma série de testes com resultados mistos, resta apenas um Waverider, de quatro máquinas disponíveis no início para a Força Aérea americana.
Apesar deste último revés, os estrategistas do Pentágono mantém a esperança de revolucionar o espaço aéreo com aviões hipersônicos, comparando este avanço ao desenvolvimento de aeronaves invisíveis (ao radar) a partir da década de 1970.
O X-51, de 8 metros de comprimento, tinha alcançado Mach 5 em seu primeiro teste, em maio de 2010. O voo, que durou apenas três minutos, foi concluído antes do previsto por causa de um problema técnico.
Além do Waverider, vários projetos de aeronaves hipersônicas estão em andamento. (Fonte: G1)