A equipe do maior projeto global de armadilhas fotográficas para estudar a vida selvagem revelou recentemente haver superado o número de um milhão de fotos de animais em áreas tropicais. O projeto, chamado de Team Network (Rede de Monitoramento e Avaliação da Ecologia Tropical, na tradução do inglês), reúne imagens de mamíferos e aves em 16 áreas de proteção ambiental espalhadas por 14 países da Ásia, África, América Central e América do Sul, inclusive o Brasil.
Entre as áreas estudadas estão a Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará; a Reserva Florestal Adolfo Ducke, próximo a Manaus, no Amazonas; a Reserva Natural Central do Suriname, também na América do Sul; e outras regiões. Segundo o site do Team Network, foram obtidas, até agora, 1,16 milhão de imagens – número que deve subir nos próximos meses.
O projeto agrega equipes de instituições como a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês), e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Sua missão, de acordo com o site do Team Network, é “gerar informações em tempo real para monitorar tendências de longo prazo da biodiversidade tropical através de uma rede global de estações de pesquisa de campo”. Com a ajuda de órgãos e institutos que atuam no projeto, a ideia é criar um panorama preventivo da situação da fauna tropical, para ajudar a formular ações de conservação ambiental.
Já foram obtidas imagens de onças, primatas de diversos gêneros, entre outros animais. “[Reunir] um milhão de fotos permite que desenvolvamos e testemos indicadores globais, que vão ser essenciais para medir o sucesso de ações de conservação, e permitir informar ao mundo sobre a situação de perigo da biodiversidade em várias regiões do planeta”, disse o vice-presidente sênior da WCS, Joshua Ginsberg, ao site de notícias ambientais Mongabay. (Fonte: Globo Natureza)