O estado americano da Flórida precisa lidar com uma infestação de caracóis gigantes que invadiram as casas. Os moluscos foram descobertos pela primeira vez no sul da Flórida em 2011 por um morador, segundo o Departamento de Agricultura. Desde então, mais de 117 mil exemplares foram encontrados e a cada semana cerca de 1 mil são capturados.
Denise Feiber, porta-voz do Departamento de Agricultura, disse à NBC News que, apesar da aparência amigável, o molusco representa perigos para o ecossistema e para os moradores da região. “Eles são enormes e parecem que estão olhando, se comunicando com você. (…) As pessoas apreciam eles por isso”, disse. “Mas as pessoas não percebem a devastação que eles podem criar”, alertou.
O caracol gigante africano (Achatina fulica) é um molusco terrestre e uma das cem espécies invasoras mais perigosas do planeta, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza. O molusco pode medir cerca de 30 centímetros e colocar mais de 1 mil ovos por ano.
No Caribe, o caracol já tomou estradas, gramados e residências, resultando em danos para os pneus de carros, sem mencionar as manchas nas paredes das casas. Mas isso não é o maior problema. O molusco consome cerca de 500 espécies de plantas e pode hospedar o parasita angiostrongylus cantonesis, que causa meningite. De acordo com Feiber, nenhum caso da doença foi registrado nos Estados Unidos, mas as autoridades estão em alerta.
Ainda não há dados concretos sobre como o caramujo africano foi introduzido nas Américas, mas alguns acreditam que comerciantes que queriam desenvolver produtos cosméticos à base de secreções produzidas pelo animal foram responsáveis pela invasão. Também é possível que eles tenham sido levados para a região como mascote. (Fonte: Terra)