Protagonismo da agenda ambiental

Manter a liderança brasileira na agenda ambiental internacional é o foco do governo federal. Na manhã de sexta-feira (26), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que é necessário enfrentar os desafios com foco no desenvolvimento sustentável. A declaração foi dada no Senado Federal, durante o Colóquio Internacional sobre a Rio +20 e Biodiversidade: avaliando “O Futuro que Queremos”.

O desempenho do Brasil ao sediar, em junho de 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) projetou o país em uma posição de destaque no cenário mundial. “Houve uma mudança na agenda internacional e o Brasil tem um papel de protagonismo nesse processo”, observou Izabella. “A questão ambiental não é mais tratada de forma isolada.”

A ministra ressaltou, no entanto, que as diferenças sociais do país têm de ser levadas em consideração e exigem ações específicas. “As soluções para a Amazônia não são as mesmas para o Sul do Brasil”, destacou. Izabella cobrou, ainda, o envolvimento de todos os segmentos da sociedade. “Não dá mais para ter uma posição reativa, e sim proativa diante do problema.”

Difusão – A Rio +20 teve, segundo os participantes do colóquio, papel fundamental na promoção e difusão da sustentabilidade. “Só agora, depois da Conferência, o conceito de desenvolvimento sustentável penetrou em todos os segmentos da sociedade”, avaliou o subsecretário-geral de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Luiz Alberto Figueiredo.

A diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), Julia Marton-Lefèvre, afirmou que o Brasil é campeão nos esforços pela biodiversidade em nível mundial e destacou a importância das ações sustentáveis. “É preciso entender que a natureza não é um limitador para o desenvolvimento”, afirmou.

No entanto, o secretário executivo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas, Bráulio Dias, alertou que o tema ainda precisa ser trabalhado. “Em alguns casos, me preocupa o fato de ainda prevalecerem os debates setoriais, como na área de energia”, afirmou. “Após a Rio +20, nós temos agora a oportunidade de inserir o meio ambiente no centro dos processos de desenvolvimento.” (Fonte: MMA)