Dados do Ministério da Saúde indicam que o Distrito Federal registrou neste ano um caso de gripe causada pelo vírus H3N2. Em 2012, essa variação do vírus causou a morte de uma pessoa na capital.
Entre janeiro e o dia 7 de maio, foram 42 casos notificados de problemas respiratórios graves no DF, com oito mortes registradas. As doenças relacionadas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) incluem casos de gripe, pneumonia e asma.
Dos 42 casos registrados de SRAG em 2013, 28 não tiveram a origem do problema identificado e outros 13 continuavam sob investigação até o início do mês passado.
Segundo a Secretaria de Saúde, duas pessoas morreram em decorrência da gripe A e uma terceira pelo vírus H3N2 no ano passado no DF. Em 2012, foram notificados 31 casos positivos de gripe A e 30 para o vírus tipo H3N2. O total de casos de SRAG atingiu 322 notificações, dos quais 18 tiveram vírus respiratórios, como Influenza A e B, como causa.
De acordo com a secretaria, 61.778 pessoas foram atendidas em 2012 no DF com problema srespiratórios, das quais 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino. A maior parte dos atendimentos foi para crianças na faixa etária de 2 a 9 anos, gestantes e idosos.
Morte no DF – A Secretaria de Saúde descartou na última sexta-feira (31) a hipótese de ter sido o vírus da gripe H1N1 a causa da morte de um taxista de 43 anos, ocorrida na última quarta-feira (29), no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Segundo o GDF, um exame de sangue mostrou que o motivo para o óbito foi uma insuficiência respiratória em consequência de uma infecção causada pela bactéria stafilococo. A Secretaria de Saúde ainda aguarda o resultado de um exame, que deve sair em 30 dias, para saber se o paciente também teve a gripe.
De acordo com a secretaria, o homem tinha sintomas de gripe forte quando buscou atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) no último dia 19 de maio. Ficou uma semana internado, deixou o centro médico, mas voltou a se sentir mal dois dias depois. O taxista seguiu então para o Hospital de Taguatinga, onde morreu.
Prevenção e imunização – Na última terça-feira (28) a Secretaria de Saúde recebeu do Ministério da Saúde 102 caixas do remédio Tamiflu, medicamento usado no tratamento do vírus da H1N1. O antiviral, oferecido gratuitamente em hospitais públicos do DF, deve ser usado nas primeiras 48 horas após o início da doença e é recomendado a pessoas consideradas de fator de risco, como crianças menores de dois anos, gestantes, indígenas, idosos, obesos e doentes.
Segundo a Secretaria de Saúde, o tratamento deve ser iniciado a partir dos primeiros sintomas da doença e não é preciso esperar a confirmação laboratorial ou o agravamento do caso, pois não há contraindicações para uso da medicação Tamiflu. Hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência e não compartilhar objetos de uso pessoal ajudam a prevenir o contágio da doença.
Mais de 342 mil pessoas, 75,5% do público-alvo do Distrito Federal, foram imunizadas na campanha nacional de vacinação contra gripe no DF, entre 15 de abril e 10 de maio. A meta era proteger 450 mil. O DF recebeu 500 mil doses da vacina, que protege o paciente de três variações do vírus da gripe, entre eles o H1N1. (Fonte: G1)