Uma aeronave da Nasa fez pela primeira vez uma análise dos vulcões considerados ativos no Peru, como medida preventiva para um eventual desastre, e realizou uma radiografia de uma zona vulcânica ao sul do país, informou o Instituto Geofísico do Peru (IGP).
Em março passado, a nave tirou a primeira radiografia da cadeia vulcânica peruana, situada entre os departamentos de Arequipa, Moquegua e Tacna, no extremo sul do Peru, onde há 40 vulcões, declarou à agência estatal de notícias Andina o diretor de Geodésia Espacial e Perigos Geofísicos do IGP, Edmundo Norabuena.
As informações coletadas pela aeronave da Agência Espacial Americana serão comparadas com as de uma nova radiografia que será feita em março de 2014, acrescentou o especialista.
Se for detectada alguma mudança que indique possível atividade vulcânica, a aeronave será enviada para o Peru, onde fará voos diários, explicou Norabuena.
“Caso a vigilância do IGP mostre alguma mudança, esse avião vai monitorar em voos diários para determinar se há perigo, ou não”, completou, ressaltando que a vigilância aérea oferecerá “em pouco tempo, maior precisão sobre o perigo de uma erupção e em quanto tempo acontecerá”.
O controle dos vulcões peruanos faz parte de um acordo de cooperação científica entre o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) do Instituto Tecnológico da Califórnia (Caltech) da Nasa e o IGP. Com isso, o Peru se integra a um projeto preventivo, do qual também participam Equador, Bolívia e Chile.
Norabuena esclareceu que um vulcão é considerado ativo se tiver registrado uma erupção nos últimos 10 mil anos. “Mas o silêncio dos vulcões também não significa que estejamos livres de alguma erupção em algum momento”, observou.
Entre fevereiro e abril, o vulcão Sabancaya, na região de Arequipa, lançou colunas de fumaça. Em 2008, fenômeno semelhante aconteceu com o vulcão Ubinas, na região vizinha de Moquegua. (Fonte: UOL)