Uma nova espécie de esquilo voador foi descoberta por cientistas de uma forma incomum: eles analisaram o corpo de um espécime obtido em uma feira de alimentos em uma província do Laos, na Ásia, situada em um ponto distante da capital do país.
A descrição foi publicada no site da revista científica “Zootaxa”, no último mês. O animal recebeu o nome de Biswamoyopterus laoensis.
O esquilo foi identificado após o cientista Daosavanh Sanamxay, da Universidade Nacional do Laos, o adquirir junto com seus colegas em uma feira – trata-se do corpo de uma fêmea adulta, que estava sem o crânio quando foi comprada, em 2012, afirma o texto da pesquisa.
Os pesquisadores se depararam com a nova espécie após um levantamento em várias feiras de regiões do Laos. Eles encontraram esquilos de diferentes tipos, e entre eles o espécime recém-identificado.
A região onde o animal foi encontrado abriga espécies raras de roedores, dizem os cientistas – além da Universidade Nacional do Laos, participaram pesquisadores da Universidade Príncipe de Songkla.
Grande esquilo – Trata-se de um grande esquilo voador, com quase 2 kg de peso e cerca de um metro de comprimento, indo da cabeça até a ponta da cauda, segundo dados levantados pelos pesquisadores.
A cauda tem formato cilíndrico e é negra, com exceção de pequenos tufos de pelos cinzentos próximos à conexão com o corpo.
Os pelos do dorso variam do preto ao marrom-avermelhado, às vezes pontuados por pelagem cinza, afirma o estudo. Já a cor do ventre é uma mistura de pelos alaranjados (variando entre tons claros e escuros) com cinzentos em alguns pontos.
Não se sabe exatamente qual o habitat da espécie, mas a estimativa é que sejam florestas situadas entre 5 km e 25 km da vila Thongnami, onde foi encontrado o corpo do animal. O problema da caça atinge regiões ao redor do vilarejo, o que pode estar colocando em risco animais comuns na área.
“Atualmente, as maiores ameaças à vida selvagem no Laos são a destruição dos habitats naturais e a caçada. Os esquilos são mais seriamente ameaçados pela caça, já que eles são os mamíferos geralmente mais vendidos em feiras locais” para consumo como uma iguaria específica de carne, dizem os cientistas na pesquisa. (Fonte: G1)