Uma nova teoria foi formulada para o surgimento de misteriosos círculos na grama que recobre as áridas pradarias da Namíbia. Essas áreas sem vegetação, com diâmetros que variam entre 2 e 12 metros, e que são chamadas de “anéis de fadas”, intrigam os cientistas há décadas.
Desta vez, o periódico “PLoS One” divulgou um estudo que atribui o fenômeno à competição entre as gramíneas. Segundo essa teoria, o chão primeiro estaria recoberto de vegetação rasteira de maneira uniforme. No entanto, como o solo é pobre e há pouca chuva, somente as plantas mais fortes sobrevivem. As menos resistentes morrem, deixando um pequeno espaço vazio, detalha o site LiveScience.
Esse buraco que surge vira um reservatório de água e nutrientes, que é absorvido pelas gramíneas à sua volta, deixando-as mais fortes para vencer as outras que estão nas adjacências. Com isso, o círculo se expande, deixando o reservatório de alimento no meio cada vez maior. Dessa forma, passado algum tempo, um círculo estável de grama forte se estabelece, e passa a se nutrir do círculo sem plantas.
Os autores do estudo, Michael Cramer, da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, e Nichole Barger, da Universidade do Colorado, nos EUA, verificaram que os círculos são mais presentes na medida em que a umidade e a fertilidade do solo são menores, o que corrobora a ideia de que sejam resultado da competição entre as plantas.
Em março, a “Science” publicou um artigo que afirma que a mais provável causa da existência dos círculos é a ação de cupins. No ano passado, um outro levantamento indicou que os “anéis de fadas” duram em média 24 anos, mas os maiores podem existir por até 75 anos. (Fonte: G1)