Um estudo da Universidade do Sul da Dinamarca, na Europa, revela que a Terra já teve níveis de oxigênio bem menores do que os atuais, em especial durante um período apelidado de Grande Evento de Oxidação, ocorrido há 2,3 bilhões de anos.
Para chegar à descoberta publicada nesta segunda-feira (30) na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos, a PNAS, o grupo liderado pelo pesquisador Donald E. Canfield analisou amostras de sedimentos oceânicos encontrados na região do Gabão, na África.
Essas amostras continham vestígios de solo de antes e depois do Grande Evento de Oxidação, permitindo comparação entre os dois períodos.
Segundo o estudo, os vestígios mais antigos foram depositados no solo oceânico em um período em que os mares eram mais oxigenados, enquanto os vestígios menos antigos acusam formação em águas ricas em sulfídio: indício de que, nessa época, os mares da Terra teriam uma concentração menor de oxigênio.
Para os pesquisadores, isso sugere que a oxigenação de nossa atmosfera, desencadeada há 2,3 bilhões de anos, teria dado início a uma série de alterações geoquímicas que, ao longo de 400 milhões de anos, resultaram em altos níveis de oxigênio seguidos de agudo declínio. (Fonte: UOL)