Seis astronautas de cinco nacionalidades passaram seis dias em cavernas frias e escuras da Sardenha, na Itália, como parte de uma adaptação às condições extremas do espaço, promovida pela Agência Espacial Europeia (ESA).
Os “cavernautas”, como são conhecidos, disseram que o treinamento – feito na semana passada – foi provavelmente o melhor que já receberam até agora. Veja o vídeo (em inglês).
Entre os profissionais treinados, estavam o italiano Paolo Nespoli, da ESA, o canadense Jeremy Hansen, o russo Aleksei Ovchinin, o japonês Satoshi Furukawa e os americanos Mike Barratt e Jack Fischer, da agência espacial americana (Nasa).
Os astronautas, novatos e veteranos, trabalharam juntos na expedição, realizada na região de Supramonte, e aprenderam como conduzir pesquisas científicas e sobreviver em grupo, de forma colaborativa. A equipe se desconectou totalmente do ciclo dia-noite da Terra, assim como ocorre na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Segundo eles, a exploração e o mapeamento de uma caverna são processos demorados e, muitas vezes, envolvem a participação de até três pessoas ao mesmo tempo: uma maneja os instrumentos, outra toma notas e a terceira explora o local seguinte de pesquisa – alcançado por meio de cabos e dispositivos de segurança –, além de manter a meta de medições.
Uma ferramenta sem fio chamada “CaveSniper” recebe todas as informações e as transfere para um computador, com o objetivo de criar um mapa 3D completo das cavernas, o que permitirá aos “cavernautas” examinar quase 1,5 km de galerias este ano.
No ano passado, outros astronautas treinados descobriram uma nova espécie de crustáceo que se adaptou à vida subterrânea. E a turma de 2013 não decepcionou: voltou com 11 amostras biológicas, além do que pode ser uma nova espécie de inseto rastejante. Cientistas vão agora analisar todo o trabalho dos “cavernautas” e publicar os resultados. (Fonte: G1)