A ciência pode salvar o mundo? Para os cientistas reunidos no Rio de Janeiro no Fórum Mundial de Ciência, sim. Eles chamaram atenção para a necessidade do apoio do setor político para alcançar um planeta sustentável.
“O número de cientista aumentou exponencialmente em todo o mundo. Isto supõe uma capacidade enorme para resolver os problemas do nosso futuro”, resumiu Glaucius Oliva, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ao encerrar os quatro dias de discussões sobre como transformar o conhecimento em decisões políticas que levem a um mundo mais sustentável.
O encontro resgata os esforços da passada “Rio+20”, celebrada em 2012 no Rio, para defender uma cooperação sustentável, entendida não só do ponto de vista de um crescimento econômico respeitoso com a natureza, mas também de uma perspectiva inclusiva, na qual os benefícios do desenvolvimento contemplem a todos.
“Erradicar a pobreza é o maior desafio global que o mundo enfrenta e uma condição indispensável para um mundo sustentável”, disse, taxativo, ao ler a declaração final do encontro.
As mudanças climáticas, o desenvolvimento das megacidades (calcula-se que em 2050 75% da população viverão em cidades), os problemas da segurança energética, da comida ou da água, as catástrofes naturais e as epidemias precisam de soluções integrais, segundo as conclusões do fórum.
O encontro também destacou a necessidade do intercâmbio multidisciplinar para ampliar a produção e a distribuição do conhecimento científico, que ainda está concentrado nos países desenvolvidos.
América Latina e Caribe, por sua vez, reivindicaram em uma declaração conjunta maior investimento, cooperação científica e ações governamentais urgentes contra as mudanças climáticas e favoráveis a um desenvolvimento sustentável que assegure o abastecimento de água, comida e energia.
Também destacaram a necessidade de maiores estudos que ajudem a prever desastres naturais e a organização das cidades. (Fonte: UOL)