O governo do Irã anunciou neste sábado (14) que trouxe de volta, com vida, o macaco que havia mandado à órbita como parte de seu programa de pesquisa espacial. É o segundo anúncio do tipo em menos de um ano, já que em janeiro o país também informou ter trazido de volta com vida outro macaco lançado ao espaço.
Em janeiro, o Irã anunciou o envio de um macaco ao espaço com êxito e informou que o havia recuperado são e salvo no retorno à Terra.
Mas o sucesso da missão ficou sob suspeita quando o país apresentou à imprensa, após o pouso, um macaco diferente do enviado ao espaço.
A primeira tentativa do país fracassou em setembro de 2011.
O programa espacial iraniano provoca inquietação entre os países ocidentais, que suspeitam que Teerã tenta adquirir conhecimentos e experiência necessários para utilizar armas com cargas nucleares.
O Irã alega que seu programa espacial é pacífico e que não tem a intenção de fabricar a bomba atômica, como suspeitam as grandes potências.
O Conselho de Segurança da ONU condenou em várias ocasiões o programa nuclear iraniano e, desde 2007, impõe um embargo quase total de venda de tecnologias nucleares e espaciais ao Irã.
“Graças a Deus e aos esforços dos cientistas iranianos do setor espacial, o foguete Pajohesh com o segundo símio vivo chamado Fargam (Augúrio) foi enviado ao espaço antes de retornar à Terra sem problemas”, escreveu o presidente Rohani na mensagem.
A televisão pública iraniana exibiu imagens da decolagem do foguete.
O foguete foi lançado na manhã de sábado, segundo a emissora, que exibiu imagens de uma cápsula e depois um macaco vestido com uma camisa vermelha.
O ambicioso programa do Irã, que pretende realizar um voo espacial tripulado até 2020, havia recebido um forte apoio do antecessor de Rohani, Mahmud Ahmadinejad, que chegou a afirmar que estava disposto a ser o primeiro astronauta iraniano’.
O Irã, que tem a economia asfixiada pelas sanções econômicas ocidentais vinculadas a seu programa nuclear, se esforça para demonstrar que o severo embargo tecnológico, militar e econômico não surte efeito.
No fim de novembro, o Irã e as grandes potências assinaram um acordo que prevê que o governo iraniano deve limitar durante seis meses as atividades nucleares, em troca de uma flexibilização parcial das sanções. (Fonte: G1)