O combate ao desmatamento foi intensificado em Rondônia, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) em virtude do aumento, em 2013, das áreas desmatadas no estado. Porto Velho, Cujubim e Machadinho D’Oeste são os municípios que apresentaram maior índice de derrubada de florestas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) mostram que o estado desmatou cerca de 5.843 quilômetros quadrados em 2013, um aumento de 21% em relação a 2012, quando 4.571 quilômetros quadrados de área foram derrubados.
A Sedam atribui como principais causas do desmatamento, a expansão agropecuária e agrícola, especulação imobiliária, grilagem de terra, falta de regularização fundiária e impunidade. A Sedam também diz que o próprio desmatamento autorizado, apesar de legal, é computado como área desmatada. “Nesse caso, não há proibições. Um estudo foi feito sobre o impacto ambiental e como é uma obra de relevante interesse público, não há como evitar. É legal”, afirma Lucindo Martins dos Santos, coordenador de proteção ambiental da Sedam.
Para combater o desmatamento ilegal, Lucindo diz que foram instaladas bases fixas, onde fiscais monitoram, via satélite, as áreas de floresta. No entanto, apesar de os fiscais estarem em campo, o monitoramento não acontece em tempo real, o que muitas vezes, dificulta a identificação do proprietário. Cerca de 20% dos proprietários não são autuados por falta de localização. Lucindo atribui esse fator à falta de regularização fundiária.
Quando há a identificação da pessoa que causou o desmatamento, ela é autuada, a área é embargada e deve ser reflorestada. “Não há um perfil específico da pessoa que desmata. Eu tenho pessoas que tem conhecimento, é bem informada que desmata com trator, por exemplo”, explica.
Todavia, Lucindo ressalta que apesar de intensificar, o efetivo que compõe o setor de proteção ambiental da Semdam é pouco. Ele destaca que o estado é muito grande, são 248 mil quilômetros quadrados, mais de 40 unidades de conservação ambiental, mais de mil empreendimentos madeireiros, além de caça, pesca, e outras atividades que devem ser fiscalizadas. “Fora tudo isso, ainda temos a dificuldade de acesso, tem estradas que são quase intrafegáveis, e o nosso monitoramento não acontece em tempo real”, frisa.
Para quem quiser fazer algum tipo de denúncia de crime ambiental, pode ligar nos telefones 0800 647 1150 ou (69) 3216 3216. Segundo Lucindo, as denúncias ajudam no combate ao desmatamento e outros crimes ambientais. (Fonte: G1)