Da guerra à gordura trans ao incentivo do uso de bicicletas, passando pela promoção da agricultura urbana à revitalização dos espaços públicos, os 12 anos de Michael Bloomberg na prefeitura de Nova York deixaram legados socioambientais de impacto. Longe do palanque, o ex-prefeito da Big Apple agora quer salvar os peixes do Brasil.
Ao lado do Chile e das Filipinas, o país é um dos beneficiados do Vibrant Oceans Initiative, projeto de pesca sustentável de US$ 53 milhões lançado pela Fundação Bloomberg Philanthropies. Anunciado nesta semana, o compromisso busca promover práticas sustentáveis de pesca, tanto em pequena quanto em larga escala.
Problema crescente, a pesca excessiva e predatória arrasa com áreas marinhas importantes e coloca em risco a própria oferta mundial de frutos do mar. Estimativas da ONU apontam que quase 30% das populações de peixes correm risco de desaparecer devido à pesca excessiva.
Ao focar nessas três regiões, o programa busca revitalizar até 7% das áreas de pesca e servir de modelo para futuros esforços globais de manutenção dos recursos pesqueiros.
Novas ONGs no Brasil – No Brasil, a iniciativa também marca a chegada de três ONGs: a Rare, Oceana e Eko Asset Management, que vão implementar o programa.
Organização sem fins lucrativos com 40 anos de experiência, a Rare trabalha com as comunidades locais para resolver os problemas ambientais, fortalecendo áreas protegidas nas regiões costeiras, para que os peixes possam se reproduzir ilesos.
Já a Oceana, a maior organização internacional que trabalha exclusivamente em proteger os oceanos, atuará sobre a reforma da pesca industrial, em prol da redução da quantidade de vida marinha que está involuntariamente sendo pega e descartada.
Atuando em consultoria, a EKO Asset Management irá desenvolver projetos de investimento que podem trazer o capital privado para recompensar financeiramente os pescadores locais e frotas industriais que adotarem práticas de pesca sustentáveis. (Fonte: Exame.com)