São 5,6 mil espécies de animais e 30 mil tipos de plantas protegidos pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas da Flora e da Fauna, Cites. E na segunda-feira, essa imensa variedade de animais e plantas está sendo reconhecida e celebrada, no primeiro Dia Mundial da Vida Selvagem.
A data foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e 3 de março foi escolhido por ser o aniversário da adoção da Cites. O Secretário-Geral Ban Ki-moon lembra que os povos do mundo utilizam plantas e animais na produção de alimentos, roupas e medicamentos.
Valor– Ban destaca que a vida selvagem é essencial para a ciência, a tecnologia e a recreação. Apesar do seu valor para o planeta, o Secretário-Geral lamenta que várias espécies estão ameaçadas, até correndo risco de extinção. Uma razão é a perda de habitat e a outra, o aumento do tráfico ilegal de animais e plantas.
Segundo Ban, as consequências para o meio-ambiente e a economia são profundas. Uma das preocupações é com o impacto do tráfico na paz e na segurança de vários países onde há crime organizado e terrorismo.
Cultura – O chefe da ONU afirma ser possível reduzir as ameaças à vida selvagem e neste primeiro dia mundial, ele pede a todos os setores da sociedade que ajudem a acabar com o tráfico das espécies.
Já o Secretário-Geral da Cites, John Scanlon, nota que muitas pessoas têm uma ligação cultural com a vida selvagem.
Elefantes – Ele relembrou a infância na Austrália, onde há forte presença de coalas, cangurus e cobras. Scanlon cita que a ligação ocorre em várias regiões, como na África, onde vários países se beneficiam das receitas geradas com o turismo de safáris, por exemplo.
Mas o representante da Cites observa o aumento da caça ilegal de elefantes e de rinocerontes para o tráfico do marfim. Segundo Scanlon, o comércio ilegal de espécies selvagens gera, por ano, mais de US$ 19 bilhões de dólares.
Para comemorar o primeiro Dia da Vida Selvagem, a ONU em Genebra inaugura a exposição de fotos “Selvagens e Preciosos” e em Nova York, será realizado um debate sobre a contribuição dessas espécies para o desenvolvimento sustentável. (Fonte: UOL)