Até agora, a ciência não tinha sido capaz de explicar com detalhes os mecanismos da física por trás dos truques com laços realizados por caubóis americanos.
Inspirado pelos filmes de faroeste que assistia quando era criança, o físico francês Pierre-Thomas Brun, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, decidiu estudar a questão e criou fórmulas matemáticas para explicar estes movimentos.
Brun apresentou seu estudo em um encontro da Sociedade Americana de Física, em Denver, nos Estados Unidos.
Segundo ele, uma corda se enrola e se torce como qualquer outro fio com propriedades elásticas, tais como fios de cabelo ou tecido e até mesmo um cabo submarino, e portanto segue as mesmas equações que regem o comportamento destes outros materiais.
O cientista garante que uma pessoa possa pode realizar o mais simples destes truques, conhecido como “laço plano”, em que o laço gira numa mesma posição sobre o chão, ao cumprir algumas poucas regras.
Primeiro, é preciso fazer o laço com cerca de 70% da extensão total da corda.
Depois, deve-se realizar o giro em uma frequência lenta, de cerca de dois hertz.
O mais importante, no entanto, é passar a corda entre o dedão e o indicador a cada giro para que ela não fique torcida.
Robô – A partir desse truque mais simples, Brun criou modelos matemáticos mais elaborados para explicar truques complexos.
No entanto, não basta seguir equações para realizar estes movimentos. É preciso prática e precisão.
Por isso, o pesquisadores construirá um robô para executar os truques avançados.
Sua intenção é aplicar esse conhecimento na indústria de computação gráfica.
“Para animar o rodar de uma saia ou os movimentos de um cabelo cacheado, é possível seguir equações similares que regem os movimentos do laço”, afirma Brun. (Fonte: UOL)