As mortes repentinas dos cães e gatos chamaram a atenção da população de Boracéia (SP). Nas últimas duas semanas, cerca de vinte animais foram encontrados mortos na cidade, provavelmente em decorrência de envenenamento. Quem tem ou apenas gosta dos bichinhos domésticos está com medo e revoltado.
Na cidade, que possui pouco mais de quatro mil habitantes, está cada vez mais difícil ver cães e gatos nas ruas.
No último fim de semana, nove dos dez gatos de Anderson Alves da Silva morreram com os mesmos sintomas. “Eu levei no veterinário, mas quando cheguei lá, já tinham morrido”, conta.
Os exames toxicológicos não foram realizados, mas o veterinário Tiago Gimenes, que atendeu pelo menos 15 animais com os mesmos sintomas, acredita que todos os bichos ingeriram chumbinho. “Os sintomas iniciais podem variar em função da quantidade e ação do veneno. Mas eles chegam convulsionando, apresentam alterações neuromusculares, espasmos, vômitos, diarreia.”
Sirley Rodrigues de Oliveira lembra os últimos momentos ao lado do cachorro Fred, que vivia com ela há três anos e morreu na última semana. “Ele morreu longe de casa, só recebi a noticia”. Já Mickela Deganzenati viu a cadela Nina morrer dentro de casa. O animal tinha dado uma volta na rua antes de apresentar sintomas de envenenamento. “Ela saiu dar uma volta e comeu o veneno em algum terreno, quando voltou para casa já estava convulsionando.”
O número de mortes pode ser ainda maior, pois vários casos não foram registrados. Na delegacia, apenas quatro boletins de ocorrência foram feitos e a polícia conta com a colaboração da população para chegar ao possível autor dos envenenamentos. “Outros casos estão sendo investigados por meio de informações das redes sociais e da imprensa. Ainda não é oficial, porque os órgãos públicos municipais não nos informaram um número correto. Já temos alguns suspeitos e estamos trabalhando nessa linha de investigação”, afirma o delegado Marcelo Góes. (Fonte: G1)
Por que capturar um inseto pode acabar em multa
Em 21 de junho, Luís Paulo dos Santos Pereira, estudante de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), andava por uma área do Serviço Florestal Brasileiro, ao lado do campus universitário, com uma rede coletando insetos para uma tarefa de aula, quando foi abordado e multado por um fiscal do Ibama.
