O maior risco para que a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) se torne uma epidemia global, ironicamente, pode estar entre médicos e enfermeiros que viajam o mundo.
De Houston a Manila, médicos e enfermeiros são recrutados para posições lucrativas na Arábia Saudita, onde a Mers foi identificada pela primeira vez em 2012. Uma vez que o reino tem acelerado a contratação de profissionais estrangeiros de saúde nos últimos anos, especialistas em doenças afirmam que há boas chances de que o vírus pegue uma carona para fora da Arábia Saudita.
“Isso é como a Mers pode se espalhar pelo mundo”, disse o especialista em doenças infecciosas Amesh Adalja, do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh.
Pessoas infectadas pela Mers demoram entre cinco e 14 dias para mostrarem os sintomas, mais do que o suficiente para que uma pessoa com o vírus viaje para o outro lado do mundo sem que a doença seja detectada.
Trabalhadores do setor de saúde “estão em risco extremamente alto de contraírem Mers em relação ao público em geral”, afirmou Adalja.
A ameaça começou a chamar atenção com a confirmação dos dois primeiros casos de Mers nos Estados Unidos. Ambos ocorreram em trabalhadores do setor de saúde que ficaram doentes depois de deixarem seus empregos em hospitais sauditas para viajar ao Ocidente. (Fonte: G1)