Objetivos de Desenvolvimento do Milênio dependem de todos, diz diretor da Rio+

Após a presidenta Dilma Rousseff anunciar o sucesso brasileiro no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) na Arena de Participação Social, governo e sociedade civil se voltam para dois temas: a municipalização do cumprimento desses objetivos e novos objetivos, chamados de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para obter sucesso no cumprimento dessas metas, o diretor do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+), Rômulo Paes, acredita que governo, iniciativa privada e sociedade civil precisem trabalhar juntos.

“É a inteiração entre esses três atores que vai permitir uma transformação na escala que se pretende. O governo brasileiro tem feito bastante nessa área, há um reconhecimento internacional disso. O setor privado brasileiro tem muitas inovações, e a sociedade civil brasileira é combativa, engajada. Então, eu acho que temos condições excepcionais para poder fazer com que esses três atores interajam e produzam grandes transformações nessa área”.

À Agência Brasil, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, destacou o sucesso do país no cumprimento de todas as metas, sobretudo nas destacadas pela presidenta da República, mas ressaltou que há trabalho a ser feito até 2015, para que as mudanças cheguem a todos. “O Brasil foi reconhecido como um país cumpridor dos oito objetivos. A presidenta destacou que em dois deles fomos bem além das metas da ONU. O nosso problema é que se as metas são cumpridas nacionalmente, há um cumprimento desigual. Ainda vamos encontrar em algumas regiões mais deprimidas do país atrasos nesse cumprimento”.

“No ambiente municipal é necessário que haja mais compromisso, mais financiamento e mais clareza na implementação dessas políticas de desenvolvimento sustentável”, apontou o diretor da Rio+, entidade vinculada ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Os ODM definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) são: acabar com a fome e a miséria; educação básica de qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; redução da mortalidade infantil; melhorar a saúde da gestante; combater a aids, a malária e outras doenças; qualidade de vida; respeito ao meio ambiente; e todos trabalhando para o desenvolvimento.

Os ODS são metas para serem cumpridas após 2015, depois do cumprimento das ODM. As novas metas são definidas pela ONU, em parceria com governos de vários países. O objetivo é estabelecer diálogos diretamente com a sociedade, poder ouvi-la para saber os anseios e opiniões sobre as principais prioridades para o mundo. “Estamos trabalhando os ODS, uma meta mais ousada, que diz respeito a um novo padrão de desenvolvimento, que trabalha a questão do clima, da convivência com o meio ambiente, do consumismo, da relação com as fontes naturais de energia e assim por diante”, explicou Carvalho.

Além de dialogar nas comunidades, a ONU oferece um site (http://www.myworld2015.org/?lang=pr) no qual todos podem votar nas suas questões prioritárias e ajudar na construção da nova agenda. (Fonte: Agência Brasil)