Oiapoque e Feira de Santana têm suspeita de mais de 800 casos de chikungunya

Em uma semana, o número de casos confirmados de febre chikungunya mais que dobrou no município baiano de Feira de Santana, passando de 14 para 33. O município já contabiliza 562 suspeitas de febre chikungunya entre seus moradores.

Para combater o novo vírus, a Secretaria Municipal da Saúde intensificou as ações para impedir a proliferação dos mosquitos transmissores da doença – Aedes aegypti e Aedes albopictus – por meio de visitas domiciliares e ações educativas.

As primeiras transmissões registradas no Brasil ocorreram no extremo norte do país, em Oiapoque, no Amapá, na segunda semana deste mês. Até o momento, o município reportou para a Vigilância Epidemiológica do Amapá 158 casos suspeitos da doença, com oito confirmações. No entanto, o secretário de Saúde de Oiapoque, Oscar Morais, diz que já são quase 300 casos suspeitos da doença no município.

Apesar do grande número de casos para uma população de cerca de 35 mil pessoas, Morais garante que o sistema está suportando a demanda, já que a maioria dos doentes está sendo tratada em casa.

Entre os suspeitos, estão os casos de dois indígenas da aldeia Manga, que fica a 15 quilômetros de Oiapoque e tem pouco mais de 900 moradores. Segundo a coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Norte do Pará, Nilma Pureza, até o ano passado, tinha sido constatada a presença dos mosquitos transmissores da doença nas aldeias indígenas, porém, nova análise epidemiológica está sendo feita para avaliar a situação.

Oscar Morais informou que há pessoal do Exército, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar em Oiapoque fazendo a limpeza dos quintais, de casa em casa, para combater o mosquito transmissor da doença. Na última sexta-feira (26), o município decretou situação de emergência por causa da doença.

A febre chikungunya é parecida com a dengue e tem os mesmos sintomas: febre, dores nas articulações, mal-estar.

As dores nas articulações costumam ser mais intensas na febre chikungunya, porém, no geral, a doença é mais branda que a dengue. Além disso, só tem um sorotipo, ou seja, cada pessoa só pega uma vez. (Fonte: Agência Brasil)