Polícia do AM vai investigar morte de pássaros encontrados em avenida

A Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (DEMA) iniciou, nesta sexta-feira (28), às investigações para apurar a morte de cerca de 200 pássaros da espécie Brotogeres versicolurus, encontrados, na quinta-feira (27), na Avenida Efigênio Sales, situada na Zona Centro-Sul de Manaus. O caso também é investigado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que analisa se houve envenenamento, vírus ou praga.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a delegada Izolda Couto, que acompanhará o caso, solicitará imagens de circuitos de segurança de estabelecimentos próximos, além do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) para identificar se houve ação humana no caso. Testemunhas também devem ser chamadas para prestarem depoimento.

Os periquitos foram encontrados mortos, na manhã desta quinta-feira (27), na Avenida Efigênio Sales. Por volta das 10h30 de quinta, o G1 encontrou os animais caídos na pista, no sentido bairro/centro, e no meio-fio da avenida.

Uma testemunha, que não quis ser identificada, relatou ter visto, na noite da quarta-feira (26), um homem mexendo em árvores e no chão próximo ao local onde os animais estavam. Ela afirmou acreditar que ocorreu envenenamento.

O Ipaam informou que investiga a causa da morte dos pássaros. Técnicos da Gerência de Fauna recolheram 40 aves mortas para a realização de testes toxicológicos que devem apontar se houve envenenamento, vírus ou praga. A assessoria do Instituto informou ainda que um dos pássaros chegou a ser coletado ainda vivo. O animal também passaria por exames, no entanto, ele morreu poucas horas depois.

Telas de proteção – Os animais mortos foram encontrados nas proximidades do Condomínio Residencial Ephygênio Salles, onde, em janeiro de 2012, telas de proteções foram instaladas nas copas de palmeiras para evitar a morte das plantas.

Na época, o chefe da fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Wellington Alzier, havia informado que a tela de proteção impedia que aves, que todos os dias pousam no local, destruíssem as copas das palmeiras.

A ação causou polêmica entre representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção dos animais. Na ocasião, a Semmas informou ainda que, após um mês, seria realizada a retirada das telas para verificar se as aves retornariam ao local ou se já estariam utilizando outras áreas como dormitório. Após dois anos, as telas permanecem nas palmeiras. (Fonte: G1)