O Brasil é o campeão mundial de raios. São aproximadamente 50 milhões de descargas atmosféricas por ano. Em 2014, estima-se que 99 pessoas morreram vítimas de raio no país, o mesmo número de 2013. Foram 16 só em São Paulo, o estado que registrou mais mortes. O especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello ensina como se proteger em diversas situações.
Praia – Durante um temporal não se deve ficar na praia. O raio sempre procura o ponto mais alto, e tanto no mar quanto na areia as pessoas exercem esse papel. É importante ir para um local abrigado, mas os quiosques não são seguros, já que eles são o ponto mais alto da região. O ideal é entrar em um imóvel ou automóvel, pois os pneus emborrachados isolam o raio.
Para-raios – Todo o sistema de para-raios deve receber manutenção a cada cinco ou dez anos. Para-raios radioativos devem ser trocados por autoridades competentes, já que estão proibidos desde 1980. Colocar antenas, ar-condicionados e outros objetos para fora das janelas cria outros caminhos para o raio descer e contamina o do para-raios. Isso pode queimar todos os equipamentos do local e também provocar um incêndio.
Aviões e navios – Aviões não são afetados por raios quando estão voando, já que eles não estão encostados na terra. Os veículos também não vão sofrer danos. Barcos e navios não necessariamente são afetados, pois o raio vai passar por eles para ir para a água.
Lendas urbanas – O jargão de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar é falso, pois se ele caiu em um ponto isso significa que o local é um bom condutor. E mesmo as pessoas que usam sandálias de borracha podem ser atingidas por um raio. Além disso, o calçado pode derreter e causar queimaduras.
Como se salvar – Caso a pessoa não tenha como sair do local, o ideal é andar de cócoras, sem levantar as mãos e encostando apenas os pés no solo. (Fonte: G1)