No Brasil, um animal silvestre que estava criticamente ameaçado de extinção, dez anos atrás, saiu dessa situação, no interior da Bahia.
Elas voam longe para buscar comida quando o dia amanhece. Os pesquisadores chegam logo depois da revoada. A região do município de Canudos, conhecida como Toca Velha, é o principal dormitório das ararinhas.
No período de reprodução, biólogos e veterinários estudam o que ocorre nos ninhos escondidos nas montanhas.
Cerca de 60 ninhos já foram identificados na região do dormitório. Para fazer o monitoramento os pesquisadores precisam entrar nos buracos dos paredões e capturar alguns filhotes. Para isso, eles precisam descer pendurados em cordas, fazendo rapel.
Em cada temporada, um casal gera apenas um filhote. Uma ararinha, que ainda não sabe voar, tem dois meses de vida. Com muito cuidado, é levada para exames. A ararinha é examinada, recebe um chip e um anel de identificação. E bem alimentados os filhotes crescem com mais resistência.
“Saudáveis, a tendência é a população aumentar com todas as condições que elas precisam também na caatinga”, diz Marcus Vinícius, veterinário.
Expectativa boa para 2015 – Já aumentou. Na verdade, triplicou nos últimos dez anos. Eram cerca de 400 araras em 2005. Hoje, a população é de quase 1,3 mil aves. A expectativa é de pelo menos mais 50 ararinhas.
A proteção da espécie melhorou depois que uma ONG comprou a fazenda onde fica o dormitório, e contratou quatro guardas-parques.
Eurivaldo, o Caboclo, como é conhecido, diz que já foi até ameaçado de morte por traficantes de animais.
Caboclo tem orgulho de ajudar a evitar a extinção da espécie que já foi a mais perseguida da fauna brasileira.
“Eu posso garantir que meus netos e meus filhos vão ter a oportunidade de chegar aqui nesse lugar, que eu pretendo ficar por muito tempo, e ver a beleza e as araras”, afirma Eurivaldo Macedo, guarda-parque Biodiversitas. (Fonte: G1)