Contra a crise hídrica, Unicamp prevê perfurar novos poços artesianos

Com uma população diária em torno de 45 mil pessoas, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estuda ampliar o uso de poços artesianos e água de reuso como formas de enfrentar a crise hídrica que o Sudeste enfrenta desde o final de 2013. Pesquisadores apontam que a “seca” pode durar mais quatro anos.

Hoje, a estadual de Campinas (SP) tem quatro poços artesianos. Mas segundo o assessor da Coordenadoria Geral da Universidade, o professor Orlando Fontes Lima Jr, o número pode ser ampliado em breve.

“Estamos iniciando os estudos de potencial de extração na nova área recentemente adquirida pela Unicamp”, explica. Questionado sobre o número pretendido, o assessor afirma que não há ainda esta definição.“A definição no número total depende destas avaliações e da autorização dos órgãos reguladores”, completa.

A área compra de março de 2014 é da Fazenda Argentina, que tem 1,4 milhão de metros quadrados e custou R$ 157 milhões. O projeto é melhorar as condições de expansão planejada. Hoje, na graduação são cerca de 20 mil alunos inscritos em 70 cursos.

De acordo com a Unicamp, o campus de Campinas consome 70 mil metros cúbicos de água por mês, sendo o segundo maior cliente da Sanasa, empresa que capta, trata e distribui o recurso na cidade.

Água de reúso – Outra forma de enfrentar a escassez hídrica será ampliar o uso da água de reúso. Hoje, o recurso é utilizado principalmente para a rega de jardins e reposição do nível de barragens. Uma das propostas é utilizar a água dos sistemas de ar condicionado dos prédios. Em Campinas, a Sanasa comercializou até o mês de março 1.142 metros cúbicos de água de reúso.

O que está sendo feito – A universidade já iniciou campanha de conscientização de quem frequenta o campus, operação caça vazamento em prédios e em adutoras, instalação de redutores de pressão nas torneiras dosadoras. (Fonte: G1)