A temporada de furacões no Atlântico, que começa oficialmente em cinco dias, será menos ativa que o normal com a formação de entre seis e 11 tempestades tropicais, das quais entre três e seis se tornariam furacões, segundo as previsões do governo dos Estados Unidos publicadas nesta quarta-feira (27).
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) divulgou na quarta-feira em uma conferência suas previsões para a temporada ciclônica na bacia atlântica, que começa no próximo dia 1º de junho e que afeta Estados Unidos, Caribe e México durante seis meses.
A NOAA previu que, dos furacões previstos para esta temporada, até dois deles poderiam ser de categoria maior (intensidade 3, 4 ou 5 na escala de intensidade de Saffir-Simpson).
No entanto, “uma temporada abaixo do normal não significa que nos livramos. Como vimos em anos anteriores, as temporadas com menor atividade ciclônica podem produzir impactos catastróficos em nossas comunidades”, alertou Kathryn Sullivan, administradora da NOAA, em referência à passagem do poderoso furacão “Andrew”, em 1992.
Com seus devastadores ventos de mais de 252 km/h, “Andrew”, de categoria 5, varreu as cidades de Homestead e Florida City, deixou 15 mortos, destruiu 25.500 casas, danificou outros 100.000 imóveis e deixou 250.000 pessoas sem-teto, além de danos no valor de US$ 25 bilhões.
Os cientistas atribuíram a menor atividade de furacões prevista este ano à presença do fenômeno “El Niño” no Pacífico, que inibe a formação de ciclones na bacia atlântica, e que está “afetando os ventos e os padrões de pressão atmosférica”, explicou Garry Bell, líder da equipe responsável pela elaboração da previsão da NOAA. (Fonte: UOL)