O estado do Rio de Janeiro registrou o primeiro caso de zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor do vírus da dengue e da febre chikungunya. A informação foi divulgada na terça-feira (2) pela Secretaria de Estado da Saúde, adiantando que os sintomas da dengue e da zika são parecidos: febre, dores no corpo e nas articulações, além de manchas vermelhas. Uma das características que diferencia as duas doenças é que o vírus do zika provoca vermelhidão nos olhos.
O caso foi confirmado na capital fluminense, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no último domingo (31), e o paciente não tinha antecedentes de viagem. Segundo informação da secretaria, o paciente evolui clinicamente bem.
De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Alexandre Chieppe, a doença é geralmente benigna e autolimitada. A pessoa fica curada em cerca de quatro a cinco dias – menos, portanto, que o tempo de recuperação da dengue, que é de sete a dez dias.
“Os primeiros sinais do zika vírus se assemelham aos sintomas da dengue. Mas o zika é associado a um quadro de febre baixa ou ausência de febre, manchas visíveis no corpo, eventualmente acompanhadas de coceiras e olhos vermelhos”, disse Chieppe.
A forma mais eficaz de se prevenir contra o vírus zika é o combate sistemático aos criadouros do mosquito, como tem sido divulgado: armazenar lixo em sacos plásticos fechados, manter a caixa d’água vedada e não deixar água acumulada em calhas. Também é importante encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar a água de piscinas e espelhos d’água com cloro.
O vírus foi descoberto pela primeira vez em 1947, em Uganda, na África, na Floresta de Zika. Nas Américas, somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile, no Oceano Pacífico, no início de 2014. Em abril deste ano foi confirmada a circulação do zika no Brasil. (Fonte: Agência Brasil)