As bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PGJ) registraram 23,5% dos casos de mortes de peixes no estado em 2014. Segundo um relatório da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), os mananciais da região de Campinas (SP) e Piracicaba (SP) tiveram 50 registros de mortandade durante o ano passado inteiro, enquanto o estado teve 213.
Ainda segundo o balanço, o número de casos de morte de peixes em 2014 foi o maior dos últimos cinco anos em São Paulo, o que equivale a um crescimento de 72%. A razão para o aumento de óbitos das espécies, segundo especialistas, é a falta de oxigênio e a baixa vazão da água, frutos da estiagem que atingiu os mananciais no ano passado e que permanece em 2015.
A especialista em ecologia da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Sílvia Gobbo, explicou que a alta concentração de poluentes e o baixo nível do Rio Piracicaba fizeram a mortandade de peixes aumentar consideravelmente em 2014.
“Durante o ano passado, o Rio Piracicaba registrou uma vazão muito baixa e também ficou com muita concentração de resíduos e poluentes, por isso que o aumento de mortes de peixes foi tão considerável”, afirmou a professora.
Vazão – Nesta segunda-feira (8), o Rio Piracicaba registrou uma vazão de 48 mil litros de água por segundo, com nível de 1,39 metro, segundo o Sistema de Telemetria do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Já no dia 1º de junho, o volume chegou a 113, 3 mil litros de água por segundo por conta das chuvas do final de maio. (Fonte: G1)