Uma empresa startup do Japão quer ser pioneira em pesquisar a existência de recursos minerais na superfície da Lua com veículos robotizados e, posteriormente, vender suas descobertas a empresas mineradoras.
“Descobriremos onde se distribuem elementos como as terras raras mediante a análise da areia e das camadas usando as câmeras de entre 10 e 100 veículos robotizados”, disse nesta segunda-feira (22) ao jornal econômico “Nikkei” o executivo-chefe da empresa ispace, Takeshi Hakamada.
No entanto, a companhia, fundada em 2013, ainda está arrecadando fundos para poder mandar seu primeiro jipe à Lua, o que espera que seja lançado em torno da segunda metade de 2016 pelo operador aeroespacial privado americano SpaceX.
Prêmio do Google – O objetivo, além disso, é que este primeiro veículo participe de um concurso convocado pelo gigante tecnológico Google, pelo qual 15 equipes devem conseguir que seu veículo percorra 500 metros sobre a Lua e envie vídeo e fotos outra vez à Terra. A primeira equipe que conseguir vai levar um prêmio de US$ 20 milhões.
O prêmio é mais do que o dobro que o investimento inicial de cerca de US$ 8 milhões que a ispace precisa arrecadar para lançar em 2016 sua sonda e, conta Hakamada, representa a melhor publicidade para começar a enviar veículos de exploração antes do ano de 2023.
A empresa arrecadou quase a metade desse orçamento graças ao patrocínio que acertou por enquanto com o grupo de maquinaria pesada IHI e lojas de departamento Mitsukoshi.
Para o concurso – chamado Google Lunar Xprize – a equipe da ispace deve explorar uma área lunar conhecida como Lacus Mortis com um veículo desenvolvido por especialistas da universidade japonesa de Tohoku e engenheiros voluntários.
À frente da equipe de desenvolvimento está o professor Kazuya Yoshida, que já contribuiu para a criação de outro veículo da agência aeroespacial japonesa chamado Hayabusa-2. (Fonte: G1)