Degradação do solo custa trilhões de dólares ao ano, diz estudo da ONU

A degradação do solo, assim como uma expansão de desertos em partes da África, custa trilhões de dólares na economia mundial por ano e pode conduzir dezenas de milhões de pessoas para fora de casa, de acordo com um estudo da ONU divulgado nesta terça-feira (15).

Mundialmente, cerca de 52% das terras agrícolas já estão danificadas, de acordo com o estudo publicado pelo “The Economics of Land Degradation” (ELD), compilado por 30 grupos de pesquisa ao redor do mundo.

O estudo estimou que a degradação do solo mundialmente custa entre US$ 6,3 trilhões e US$ 10,6 trilhões por ano em perdas de benefícios, como a produção de comida, madeira, medicamentos, água fresca, ciclo de nutrientes ou absorção de gases causadores do efeito estufa.

“Um terço do mundo está vulnerável à degradação do solo; um terço da África está ameaçada pela desertificação”, relatou.

Tal degradação, incluindo pelo desmatamento de florestas tropicais, poluição e excesso de pastoreio “também pode levar à migração transfronteiriça e, eventualmente, criar conflitos regionais”, disse.

O estudo citou uma descoberta da ONU feita em 2012 de que até 50 milhões de pessoas poderiam ser forçadas a buscar novas casas em um década por conta da desertificação. (Fonte: G1)