Pelo quinto dia seguido, o céu de Manaus foi encoberto por uma densa camada de fumaça. O fenômeno pôde ser observado em diversos pontos da cidade na manhã desta segunda-feira (5).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, um dos fatores que têm contribuído para a propagação da fumaça é o alto número de queimadas na capital e no interior do Amazonas. Neste ano, o estado registrou recorde de incêndios, com 11.104 focos de queimadas.
Com a fumaça, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste da capital, opera por intrumentos desde as 2h45. No entanto, a Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou ao G1 que nenhum voo foi cancelado ou teve atraso por conta do problema.
O tenente Janderson Lopes, do Corpo de Bombeiros, afirmou à reportagem que a corporação registrou pelo menos dez ocorrências de queimadas em Manaus entre as 7h e as 18h do domingo (4).
Outro caso que contribuiu para que a nuvem de fumaça continue aparecendo na capital é um incêndio que ocorre há cerca de quatro dias em Novo Airão, município a 115 Km de distância de Manaus.
Clima – O calor intenso na região durante o segundo semestre do ano também facilita a propagação de incêndios. O fenômeno El Niño afeta a quantidade de chuvas no estado, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O clima quente deverá se estender até dezembro.
Recorde de queimadas – O volume de incêndios deste ano é quase 50% maior do que foi contabilizado nos primeiros nove meses de 2014. Atualmente, nove municípios apresentam mais de 1,4 mil focos ativos de queimadas. Eles são apontados como a causa da nuvem de fumaça que encobriu Manaus na quinta-feira (1º) e sexta-feira (2). Neste sábado (3), a fumaça ainda pôde ser vista nas primeiras horas da manhã.
Em setembro, a capital só registrou um dia com chuva, no dia 4, quando choveu apenas 15,8mm, conforme registro da estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão era de que chovesse no mês entre 43mm e 83mm. (Fonte: G1)