A teoria sobre os campos magnéticos do Sol assume que os eixos magnético e dinâmico da estrela mais próxima da Terra estão alinhados, mas segundo uma pesquisa realizada por astrônomos do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC), na Espanha, não é o que ocorre.
A descoberta aconteceu durante a análise de dados obtidos por meio do satélite Solar Dynamics Observatory (SDO), com os quais foi estudada a evolução temporária do campo magnético do Sol durante aproximadamente cinco anos.
Durante a pesquisa, foi encontrado um frágil sinal oscilatório que estava associado à rotação diferencial solar, afirmou o líder do estudo, Adur Pastor Yabar, que também comentou que o Sol gira mais rápido em seu equador do que nos polos.
Apesar de novo no caso do Sol, este desalinhamento não é exclusivo das estrelas, e assim na Terra também se observa que os eixos magnético e de rotação não estão alinhados.
Outra similaridade entre os dois casos solar e terrestre consiste que tanto na Terra como no Sol se observa que a cada certo tempo a polaridade magnética se investe, embora em períodos de tempo diferentes para cada exemplo.
Agora a grande pergunta é saber a que se deve esse desalinhamento, e para dar resposta a essa pergunta é necessário continuar com o estudo do Sol tanto desde o espaço como desde a Terra. A maior parte dos dados sobre o astro provêm das camadas mais externas, sendo muito limitado o conhecimento sobre seu interior.
O entendimento do funcionamento solar é fundamental, já que sua importância em nossas vidas é essencial, comentou o pesquisador, cujo trabalho faz parte de sua tese de doutorado.
A Agência Espacial Europeia (ESA) deve lançar ao espaço em 2018 a missão Solar Orbiter, que percorrerá quase 1 bilhão de quilômetros até ficar nas proximidades de Mercúrio com a finalidade de estudar o magnetismo solar, sua atividade explosiva e os efeitos imediatos na vizinhança da estrela. (Fonte: UOL)