A organização não governamental Greenpeace alertou na sexta-feira (4) que o impacto ambiental nas florestas causado pelo acidente nuclear em Fukushima, no Japão, começa a se manifestar e vai permanecer como fonte de contaminação nos próximos anos. O terremoto de 11 de março de 2011, de magnitude 9, gerou um enorme tsunami que inundou os sistemas de refrigeração e danificou os reatores na central nuclear de Fukushima Daiichi.
A radiação espalhou-se por uma vasta área e obrigou dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas, naquele que foi o pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Com a aproximação do quinto aniversário do desastre, o Greenpeace alerta para sinais de mutação nas árvores e o surgimento de vermes com ADN danificado, enquanto “vastas reservas de radiação” impedem que a floresta seja descontaminada.
Num relatório, o Greenpeace aponta para o “aparente aumento de mutações em abetos (…), mutações hereditárias nas populações de borboletas azuis”, bem como “vermes de ADN danificado em zonas altamente contaminadas”. O relatório surge no momento em que o governo pretende levantar várias ordens de evacuação para vilas em torno da central de Fukushima até março de 2017. Atualmente, apenas as zonas residenciais estão sendo limpas por recomendação da Agência de Energia Atômica Internacional. (Fonte: Agência Brasil)